A Justiça deflagrou uma operação que realizou buscas na Câmara Legislativa do Distrito Federal, nesta terça-feira (23).
Os policiais e promotores do Ministério Público foram até a Câmara para cumprir 14 mandados de apreensão de equipamentos de informática e de condução coercitiva dos deputados distritais. A Justiça afastou a presidente da Câmara, Celina Leão, acusada de integrar um esquema criminoso de cobrança de propina na liberação de recursos de empresas de UTI. As denúncias que deram origem a investigação foram feitas pela deputada distrital Liliane Roriz. Foram apresentadas à Justiça, gravações feitas por Liliane em que Celina Leão e demais deputados aparecerem supostamente negociando o pagamento de propina e o funcionamento do esquema criminoso. Em vez de dar respostas a sociedade, os deputados distritais optaram por atacar a deputada Liliane Roriz e abrir um processo de cassação com a deputada. Além de Celina, a polícia cumpriu mandatos de contra os deputados Christianno Araújo, Raimundo Ribeiro e Bispo Renato e Júlio Cesar. Todos são acusados de integrar o esquema de corrupção que pode ter desviado até R$ 31 milhões da saúde. Quem assume a presidência da Câmara é o deputado Juarezão. Além da Câmara Legislativa, foram realizadas buscas em oito locais, entre eles as casas dos cinco parlamentares investigados.
O deputado Chico Vigilante afirmou que funcionários de Celina Leão recolheram computadores antes da operação da polícia, o que caracterizaria obstrução de Justiça. Os fechaduras dos gabinetes dos deputados foram trocadas, em uma tentativa de impedir a entrada de policiais. Mas a operação contou com a participação de um chaveiro. O advogado dos deputados acusados, nega a participação de todos eles no suposto esquema de pagamento de propina. Reportagem: Renato Souza. Foto: Gustavo Moreno/CB.DA Press.
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