O presidente Michel Temer afirmou neste domingo (11), que é contra o reajuste salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Temer, o aumento para os ministros causaria um grande impacto no orçamento e um "efeito cascata".
Temer afirmou em entrevista ao jornal "O Globo" que não é momento adequado, segundo ele, para gerar uma conta adicional de R$ 5 bilhões e pode ocasionar uma "cascata gravíssima" uma vez que alcança todo o Judiciário, setores da administração e o Legislativo. "Vocês podem até me perguntar: 'Ah, mas você não deu aumento para várias categorias?' Mas cheguei aqui e verifiquei que havia acordos firmados em escrito pelo governo anterior. Verba volant, scripta manent (em latim, “palavras faladas voam, a escrita permanece)”, afirmou Temer. Atualmente, o Brasil tem o Judiciário mais caro do mundo.
Segundo estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com a American University, o Judiciário Brasileiro consome 1,3% do PIB. Se somado os gastos do Ministério Público, essa conta sobe para 1,8% do PIB, ou R$ 80 bilhões por ano. Cada brasileiro paga anualmente R$ 306,35 para manter o Poder Judiciário, lento, moroso e ineficiente. O presidente afirmou ainda ser grave a situação da economia, com um déficit de R$ 170 bilhões e 12 milhões de desempregados. O presidente afirmou que a situação vai melhorar a partir de que a reforma da previdência e outras medidas comecem a tramitar no Congresso. "Quando aprovarmos o teto de gastos, encaminharmos a reforma da Previdência e ela começar a se processar no Congresso, o país vai crescer. Crescendo, cresce a arrecadação. Se cresce a confiança, cresce a arrecadação, cresce a estabilidade social", afirmou Temer. Foto: Presidência da República.

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