Após 13 anos o Partido dos Trabalhadores (PT) deixou o poder, com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (31). Com avanços sociais e com a derrocada da economia nacional, o partido deixa o governo em meio a acusações de corrupção e com sua cúpula seriamente afetada por prisões decorrentes da Operação Lava Jato. Eleito por quatro mandatos sucessivos, o PT deixa o protagonismo nacional após consagrar-se como primeiro partido de esquerda a chegar ao poder após a redemocratização do país. Mas decisões erradas, jogo político precário e falta de apoio no Congresso levou a queda do segundo presidente desde a Constituinte de 1988.
Para o professor do Instituto de Economia, do Centro de Conjuntura da Unicamp, Francisco Luiz Lopreto, a crise que levou à queda do PT no poder foi, em grande parte, produzida pela atuação da própria política brasileira. “A partir da eleição de Dilma para o segundo mandato, há uma turbulência política que alterou completamente e contaminou todos os indicadores [econômicos] e, em grande medida, tem o reflexo da rixa política que se criou na eleição e isso influenciou diretamente todos os índices porque houve uma suspensão [do governo], as expectativas foram contaminadas”, diz. O partido ficou reconhecido por suas políticas de inclusão, melhorias nos índices de educação em seus primeiros nove anos de governo, degradação da economia nacional, aparelhamento da máquina pública e por escândalos de corrupção. O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, afirmou que vai ao STF recorrer da decisão e que Dilma pode ser candidata em 2018. Foto: Roberto Sturckert Filho/PR. Texto: Renato Souza, com informações da Agência Brasil.
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