A ciência ainda não conseguiu descobrir o que havia de especial no primeiro animal a fazer uma pergunta. A surpreendente inteligência do papagaio Alex foi descoberta pela psicóloga e cientista Irene Pepperberg. A pesquisadora comprou Alex, um papagaio cinza africano nos EUA. Com menos de um ano de vida, Alex já sabia falar mais de 100 palavras. Logo depois ele aprendeu o nome das cores. Mas a surpresa ocorreu quando Irene colocou cubos de diferentes cores na frente dele e o papagaio falou a cor de cada cubo, revelando que não estava apenas decorando, mas entendendo o que via.
Algum tempo depois ele aprendeu as diferenças entre grande e pequeno, aprendeu a fazer contas de subtração, adição, multiplicação e a descrever sentimentos. Um dia Alex estava em casa e parou em frente ao espelho. A ave olhou fixamente para seu reflexo... "Qual é a cor?" A pergunta feita pelo papagaio escreveu seu nome na história, como o primeiro animal não humano a fazer uma pergunta. Irene explicou que sua cor era cinza. Alex não demorou para aprender o que deveria responder quando perguntassem a cor de suas penas. Durante três décadas, a cientista anotou o comportamento de seu amigo, pesquisou, fez descobertas e se especializou. Em 2007, em uma tarde, Alex disse: "Fique bem. Eu te amo". Alex foi encontrado morto na manhã seguinte, aos 31 anos. O animal superdotado foi vítima de aterosclerose, uma doença que ataca as artérias do corpo. Em 2008, o livro "Alex e eu", escrito pela doutora Irene foi eleito o livro do ano. Agora em 2016, a Alex Foundation (Fundação Alex, em tradução literal ao português) trabalha em uma pesquisa para identificar a capacidade cognitiva de papagaios cinzas africanos e de uma infinidade de animais. Desde a morte de Alex, a fundação, criada por sua amiga Irene, também trabalha pela preservação de animais em extinção. Reportagem: Renato Souza. Foto: Mike Lovett/Brandeis University/Associated Press.
0 comentários:
Postar um comentário