O plenário da Câmara decidiu afastar definitivamente o empresário Eduardo Cunha do cargo de deputado federal. O ex-deputado foi afastado em votação de cassação de mandato nesta segunda-feira (12), por 450 votos a favor e 10 contra, acusado de ter mentido em plenário ao declarar que não tinha contas não declaradas no exterior. Cunha foi presidente da Câmara dos Deputados e teve um mandato regado de polêmicas, acusações de corrupção e marcado pela votação do processo que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Eduardo Cunha é acusado de manter contas em paraísos fiscais no exterior e de negociar propina de dinheiro desviado da Petrobras. O plenário decidiu votar o processo do Conselho de Ética e não um requerimento apresentado por deputados. Com isso, Cunha fica fora do serviço público por 9 anos e três meses, somados o tempo que faltava para acabar o mandato e oito anos de ineligibilidade. Agora deposto do cargo, as investigações contra Cunha vão parar nas mãos do juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal de Curitiba-PR. A perda de mandato do parlamentar fecha um dos momentos políticos mais conturbados da história do País, marcado por um dos maiores conflitos entre o Poder Executivo e o Legislativo. Cunha acompanhou a sessão pessoalmente e tentou usar manobras para impedir a cassação até os últimos minutos. Em sua fala o ex-deputado atacou a ex-presidente Dilma Rousseff. "Tudo isso acontece por conta de eu ter aceitado a abertura do processo de impeachment de uma presidente líder de um governo corrupto. O PT quer minha cassação como prêmio de consolação por eu ter tirado um governo de corruptos do poder", afirmou o deputado. Foto: Pedro Ladeira.
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